quinta-feira, 18 de abril de 2013

A queda da monarquia e a 1.ª república
Nas últimas décadas do século XIX, o descontentamento da população cresceu muito.
Para pagar as obras públicas, o governo contraiu dívidas, aumentou os impostos e o custo de vida subiu.
Os pobres estavam mais pobres e os ricos mais ricos.

O Mapa Cor-de-Rosa e o Ultimato
Na Europa, crescia o interesse pelos territórios em África, fonte de matérias-primas para a indústria: algodão, café, ouro, diamantes.
Por causa disso, os portugueses fizeram viagens de exploração no interior africano, entre Angola e Moçambique.
Os países mais industrializados (Grã-Bretanha, França, Alemanha) procuravam também assegurar a posse de vários territórios em África.
Em 1884-1885, esses países reuniram-se na Conferência de Berlim e decidiram que os territórios africanos seriam dos países que os ocupavam efectivamente e não dos que os haviam descoberto.
Portugal reage apresentando o Mapa Cor-de-Rosa, no qual exigia para si os territórios entre Angola e Moçambique.
Em 1890, a Inglaterra (que nunca aceitou o Mapa Cor-de-Rosa) apresentou ao rei D. Carlos I um Ultimato: ou os portugueses desocupavam os territórios entre Angola e Moçambique ou o governo inglês declarava guerra a Portugal.
Para grande descontentamento da população, o governo português aceitou este Ultimato.

O Regicídio
Neste clima de descontentamento contra a monarquia, as ideias republicanas foram ganhando adeptos: defendem um presidente eleito à frente do governo, e não um rei. Uns anos antes,havia-se formado o Partido Republicano.
Em 31 de Janeiro de 1891, deu-se, no Porto, a primeira revolta armada contra a monarquia.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, em Lisboa, ocorreu o regicídio: foram mortos, num atentado, o rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe.
Subiu ao trono D. Manuel II que viria a ser o último rei em Portugal.

A Revolta do 5 de Outubro de 1910
A revolução republicana começou em Lisboa na madrugada de 4 de Outubro de 1910 e partiu de pequenos grupos de conspiradores, tendo a população aderido.
Na manhã de 5 de Outubro de 1910, dirigentes do Partido Republicano, na varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa, proclamaram a implantação da República em Portugal.
Neste dia terminou a monarquia em Portugal.

A 1.ª República
Logo após a revolução do 5 de Outubro, foi criado um governo provisório, presidido pelo Dr. Teófilo Braga. Adoptou-se a bandeira vermelha e verde e o hino passou a ser "A Portuguesa".
Em 28 de maio de 1911, realizaram-se eleições para a Assembleia Constituinte que tinha como missão elaborar uma nova Constituição.
A Constituição Republicana ficou conhecida como a Constituição de 1911 uma vez que foi aprovada a 19 de Agosto desse ano.

MEDIDAS PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO
Em 1911, 70% da população portuguesa era analfabeta. Portugal precisava de trabalhadores mais instruídos e capazes de acompanhar a evolução das técnicas. Os governos republicanos tomaram medidas para melhorar a instrução dos portugueses:
- criaram o ensino infantil para crianças dos 4 aos 7 anos;
- tornaram o ensino primário obrigatório e gratuito para as crianças entre os 7 e os 10 anos;
- criaram novas escolas de ensino primário e técnico (escolas agrícolas, comerciais e industriais);
- fundaram "escolas normais" destinadas a formar professores primários;
- criaram Institutos Superiores de Ensino Técnico;
- criaram as Universidades de Lisboa e Porto e reformaram a de Coimbra;

MEDIDAS PARA PROTEGER OS TRABALHADORES
Para isso vão tomar medidas para defender os trabalhadores:
- em 1910, foi decretado o direito à greve;
- em 1911, estabeleceu-se a obrigatoriedade de um dia de descanso semanal;
- em 1911, foi publicado o primeiro regulamento das 8 horas de trabalho diário;
- em 1913, foi publicada uma lei sobre acidentes de trabalho, responsabilizando os patrões;
- em 1919, foi estabelecido, em todo o país, o horário de 8 horas diárias de trabalho;
- em 1919, passou-se a exigir o seguro social obrigatório para situações de doença, invalidez, velhice e sobrevivência.
Em 1914, os sindicatos uniram-se e surgiu a União Operária Nacional, mais tarde (1919) Confederação Geral do Trabalho.
A mobilização dos trabalhadores para as greves era grande; algumas estendiam-se a todo o país - eram chamadas greves gerais.

Portugal na 1.º Guerra Mundial
A 1.ª Guerra decorreu entre 1914 e 1918.
Defrontam-se 2 blocos: um liderado pela Grã-Bretanha e França; outro pela Alemanha.
A Alemanha declarou guerra a Portugal em 1916 depois de Portugal ter apresado os barcos alemães atracados em portos portgueses, a pedido dos ingleses.
As primeiras tropas partiram para França em 1917 mas, antes disso, já havia tropas portuguesas a lutar nas colónias africanas.
A participação na guerra agravou os problemas de Portugal:
- causou milhares de mortos e feridos;
- aumentou a inflação;
- aumentaram as despesas do Estado (são maiores do que as receitas);
- subiram os impostos;
- aumentaram as greves, as revoltas e os atentados.
Isto levou a que muitos portugueses desejassem um governo forte que trouxesse paz e estabilidade ao país.
Em 28 de Maio de 1926, um golpe militar põe fim à 1.ª República.

Para treinar:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/14.1.cloze.htm

4 comentários:

Carolina disse...

Stor, na parte em que diz "1.ª República", numa das frases está escrito 28 de 1911, e deveria ser 28 de maio de 1911, acho.

Obrigada pelo seu resumo :)

João Garrido disse...

obrigado pelo resumo

Tozé Franco disse...

Olá Carolina.
Já acrescentei "de maio".
Obrigado e bom fim de semana.
Fica bem.

Tozé Franco disse...

Olá João.
Foi com muito gosto. Agora há que cumprir a vossa pate.
Fica bem e bom fim de semana.